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11 de out. de 2023
4 min read

As Três Virtudes Essenciais para Programadores

Descubra como a preguiça, impaciência e arrogância podem levar à excelência na programação. Saiba como essas características são cruciais para a inovação, eficiência e confiança no desenvolvimento de software.

Capa

Você é um bom programador?

Você já se pegou pensando se realmente manda bem na programação? No meio de tantas linguagens, bugs e desafios diários, é normal bater aquela dúvida: “Será que eu sou um bom programador?”

Essa pergunta ronda a cabeça de muita gente da área. Mas que tal olhar isso por outro ângulo?

Larry Wall, criador da linguagem Perl, definiu três virtudes que, segundo ele, todo bom programador carrega: preguiça, impaciência e arrogância. Pode parecer estranho à primeira vista, mas essas três palavras, quando bem interpretadas, fazem todo o sentido.

Vamos explorar essas virtudes com exemplos práticos e ver como elas podem, na real, te ajudar a evoluir como dev?

1. Preguiça

programador preguiçoso

A qualidade que te faz se esforçar muito para reduzir o gasto total de energia.

A preguiça, nesse contexto, é aquela vontade de evitar trabalho repetitivo a qualquer custo. É o impulso que te faz automatizar processos, criar scripts úteis, escrever documentações decentes só pra não ter que responder a mesma dúvida mais de uma vez.

E aqui entra uma das frases mais conhecidas do mundo da programação:

Eu sempre escolho uma pessoa preguiçosa para fazer um trabalho difícil… porque ela vai encontrar uma maneira fácil de fazê-lo.
Bill Gates

Essa frase resume bem a virtude da preguiça no mundo dev. Não é sobre evitar o trabalho, mas sobre fazer o esforço uma única vez

2. Impaciência

programador impaciente

A raiva que você sente quando o computador está sendo lento.

Quem nunca? Aquela tela carregando devagar, aquele build que demora uma eternidade… E aí bate a impaciência.

Mas essa impaciência pode ser canalizada para o bem. É ela que te leva a escrever códigos mais rápidos, scripts mais inteligentes e soluções que preveem o que o usuário (ou você mesmo) vai precisar.

Um bom exemplo é criar uma suíte de testes automatizados que roda só os testes afetados pelas últimas mudanças no código. Você acelera o processo, evita desperdício de tempo e ainda garante mais qualidade. A impaciência aqui vira aliada da produtividade.

3. Arrogância

programador arrogante

A qualidade que faz você escrever (e manter) programas sobre os quais as outras pessoas não vão querer falar mal.

A arrogância, nesse caso, é aquela pitada de confiança (bem dosada) que te faz cuidar do seu código com carinho. É querer fazer bem feito, porque você sabe que o que está fazendo importa.

Ela aparece quando você refatora um código bagunçado só porque “não dava pra deixar daquele jeito”, ou quando você termina uma função e olha pra ela com um sorrisinho de orgulho ou dá aquela vontade de dizer que você é foda.

Inclusive, essa sensação começa cedo. Lembra do seu primeiro Hello, World? ou quando você resolveu seu primeiro Desafio de Código, seja na Faculdade ou não e ai você quer mostrar isso para pessoas Tech e Não Tech e tudo que estas pessoas veem é uma tela preta com um Input e um Output, e ai você simplesmente diz: “Não é Legal!?” e a outra pessoa simplesmente não entende nada porque ela não passou pelo o que você passou, e ai então você é arrogante, você é orgulhoso de si mesmo pelo resultado do que você fez e isso é bom.

Conclusão

Recapitulando então, as três virtudes de Larry Wall definem que um bom programador:

É preguiçoso o suficiente pra não repetir tarefas inúteis,
impaciente o bastante pra não aceitar soluções lentas,
e arrogante no ponto certo pra fazer código bonito, limpo e funcional.

Essas virtudes se desenvolvem com o tempo, com os erros e os projetos. Se você não se vê nelas, tudo bem, afinal, é a visão de Larry Wall ;).

Referências


Espero que tenha gostado do artigo e que ele tenha feito você refletir ao menos um pouquinho. Se tiver alguma dúvida ou sugestão, deixe um comentário abaixo ou entre em contato comigo pelo LinkedIn.

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