Você é um bom programador?
Você já se pegou pensando se realmente manda bem na programação? No meio de tantas linguagens, bugs e desafios diários, é normal bater aquela dúvida: “Será que eu sou um bom programador?”
Essa pergunta ronda a cabeça de muita gente da área. Mas que tal olhar isso por outro ângulo?
Larry Wall, criador da linguagem Perl, definiu três virtudes que, segundo ele, todo bom programador carrega: preguiça, impaciência e arrogância. Pode parecer estranho à primeira vista, mas essas três palavras, quando bem interpretadas, fazem todo o sentido.
Vamos explorar essas virtudes com exemplos práticos e ver como elas podem, na real, te ajudar a evoluir como dev?
1. Preguiça
A qualidade que te faz se esforçar muito para reduzir o gasto total de energia.
A preguiça, nesse contexto, é aquela vontade de evitar trabalho repetitivo a qualquer custo. É o impulso que te faz automatizar processos, criar scripts úteis, escrever documentações decentes só pra não ter que responder a mesma dúvida mais de uma vez.
E aqui entra uma das frases mais conhecidas do mundo da programação:
Eu sempre escolho uma pessoa preguiçosa para fazer um trabalho difícil… porque ela vai encontrar uma maneira fácil de fazê-lo.
— Bill Gates
Essa frase resume bem a virtude da preguiça no mundo dev. Não é sobre evitar o trabalho, mas sobre fazer o esforço uma única vez
2. Impaciência
A raiva que você sente quando o computador está sendo lento.
Quem nunca? Aquela tela carregando devagar, aquele build que demora uma eternidade… E aí bate a impaciência.
Mas essa impaciência pode ser canalizada para o bem. É ela que te leva a escrever códigos mais rápidos, scripts mais inteligentes e soluções que preveem o que o usuário (ou você mesmo) vai precisar.
Um bom exemplo é criar uma suíte de testes automatizados que roda só os testes afetados pelas últimas mudanças no código. Você acelera o processo, evita desperdício de tempo e ainda garante mais qualidade. A impaciência aqui vira aliada da produtividade.
3. Arrogância
A qualidade que faz você escrever (e manter) programas sobre os quais as outras pessoas não vão querer falar mal.
A arrogância, nesse caso, é aquela pitada de confiança (bem dosada) que te faz cuidar do seu código com carinho. É querer fazer bem feito, porque você sabe que o que está fazendo importa.
Ela aparece quando você refatora um código bagunçado só porque “não dava pra deixar daquele jeito”, ou quando você termina uma função e olha pra ela com um sorrisinho de orgulho ou dá aquela vontade de dizer que você é foda.
Inclusive, essa sensação começa cedo. Lembra do seu primeiro Hello, World?
ou quando você resolveu seu primeiro Desafio de Código
, seja na Faculdade ou não e ai você quer mostrar isso para pessoas Tech e Não Tech e tudo que estas pessoas veem é uma tela preta com um Input e um Output, e ai você simplesmente diz: “Não é Legal!?” e a outra pessoa simplesmente não entende nada porque ela não passou pelo o que você passou, e ai então você é arrogante, você é orgulhoso de si mesmo pelo resultado do que você fez e isso é bom.
Conclusão
Recapitulando então, as três virtudes de Larry Wall definem que um bom programador:
É preguiçoso o suficiente pra não repetir tarefas inúteis,
impaciente o bastante pra não aceitar soluções lentas,
e arrogante no ponto certo pra fazer código bonito, limpo e funcional.
Essas virtudes se desenvolvem com o tempo, com os erros e os projetos. Se você não se vê nelas, tudo bem, afinal, é a visão de Larry Wall ;).
Referências
Espero que tenha gostado do artigo e que ele tenha feito você refletir ao menos um pouquinho. Se tiver alguma dúvida ou sugestão, deixe um comentário abaixo ou entre em contato comigo pelo LinkedIn.